Installation Tu, sempre
# 1, 2001, La criée, Rennes
# 2, 2002, EOF, Paris
# 3, 2003, Galerie de l’Ecole des Beaux Arts de Tours Feb 13th- March 16th
# 4, 2003, Galerie Faux Mouvement, Metz, April 3rd – May 31st
# 5, 2003, Espace multimédia Gantner, Bourogne Oct 11 – Dec 6th
# 6, 2004, La Compagnie, Marseille Jan 14th – March 13th
# 7, 2004, After Foucault, Vacarme, Les Voûtes, Paris Oct 9/10
# 8, 2008, Centre d’Art La Panera, Lleda Oct 22sd – Jan 4th
# 9, 2009, CRAC Languedoc Rousillon, Sète Jan 16th – March 8th
#10, 2010, Conversations Intimes, Musée départemental de l’Oise, Beauvais June 19th – Oct 31st #11, 2012, Festival de Garahuns e Um dia sem artes, B3, Recife Dec 1 dec #14, Casa Hoffman, Bogota Colombia, Artifacts, (version gb, esp + col) 24 sep au 22 oct 2021 https://casa-hoffmann.com/portfolio/barbara-krulik-mildred-duran-2/ # 15, Mucem, Marseille L’épidémie n’est pas finie, Tu, sempre #15 (version gb, fr, por, it) 4 dec 2021 au 2 mai 2022. # 16, Palais de Tokyo, Paris Tu sempre #16 ( version gb, fr, por, ita, esp) 16 de fevereirio 14 de maio 2023
uma instalação de yann beauvais realizada em colaboração com Thomas Köner. primeira versão 2001
Trata –se de uma video-instalação abordando a Aids e que dà continuidade aos trabalhos anteriores do autor que também faziam uso do texto. (Sid a ids, 1992 e Still Life1, 1997). Essa instalação amplia a noção de projeção, pondo-nos no cerne do dispositivo. Ao lado da projeção propriamente dita, podemos ver fotos banais de diversas pessoas, um mapa do mundo exibindo estatísticas de soropositivos ou daqueles que se declararam portadores da aids; cartazes; CDs… O próprio dispositivo de projeção é paradoxal no que faz uso de um telão de 2mx 3m, que tem uma das faces espelhada e gira lentamente em torno de si mesmo.
Duas projeções de textos se deslocam e giram no espaço, sendo reenviadas pelo espelho ou retidas na superfície do telão. As duas projeções não estão dispostas exatamente uma diante da outra; elas permitem uma ocupação máxima do espaço expositivo através de tiras de textos simples ou múltiplas que deslizam em velocidades, línguas e locais distintos, deslocando-se segundo o sentido da leitura, ou no sentido inverso. A imagem se constitui no espaço. Nessa rotação, a irrupção de nossa imagem como imagem e difusora de fragmentos de textos que tentamos ler percorrendo o espaço sublinha a parte essencial do que colocamos em jogo na difusão, na propagação da Aids, por nossos atos assim como por nosso silêncio. A instalação se preocupa com a história das representações da aids por meio de uma apropriação de textos e de declarações em inglês, português, francês, italiano e árabe, organizadas segundo uma arquitetura que privilegia a pluralidade e sublinha o desinteresse crescente do ocidente com relação a uma epidemia que teria desaparecido de seu horizonte. O uso de textos, seu posicionamento no quadro, seu ritmo foram concebidos em função de trabalhos anteriores que permitirem a Yann Beauvais determinar algumas das características de legibilidade, da leitura do texto na tela.
Aqui a implicação dos espectadores é grande porque terão constantemente que escolher, selecionar o que ˆ em termos de textos como de sons ˆ pode ser captado no momento em que se movimentam. Somos perturbados pela instalação, assim como reenviados a nós mesmos. Nesse vai-e-vem, nesse fluxo constante, sem fim, somos constrangidos a pensar globalmente e individualmente; e reenviados ao que move a experiência dessa rotação, assim como à emoção causada por ela em nós.
Edson Barrus ,Paris, 2004.
1 Sid a ids se limitava ao uso da fala em francês, mas Still Life é simultaneamente em francês e em inglês. A posição das línguas não sendo fixa induz a rupturas que quebram assim o tempo de leitura